domingo, 9 de setembro de 2012

galeria de ateu



emócrito (cerca de 460 a.C. - 370 a.C.) foi um filósofo da Grécia Antiga do período pré-socrático. A sua teoria atômica é tida como o ápice do pensamento grego daquela época. Anunciou que tudo na natureza é composto por átomos unidos. Afirmou que o mundo (planeta terra) era esferoide e que havia muitos outros mundos e sóis.

Ele é chamado de “pai da ciência moderna” porque as suas formulações teóricas têm influenciado os físicos da contemporaneidade. Era uma pedra no sapato de Platão, que sugeriu que todas as suas obras fossem queimadas.

Chamado de “filosofo do riso”, era alegre e popular. Ele ria de quem atribuía aos deuses os fenômenos da natureza. Ele morreu em torno dos 90 anos. Há registros, contudo, de que tenha vivido até os 109 anos.

Paulo Francis


Paulo Francis teve uma educação formal fortemente católica. Ele fez o fundamental no Colégio de São Bento e o secundário no Colégio Santo Inácio — ambos tradicionais estabelecimentos de ensino do Rio de Janeiro. 

Anos depois Francis diria que a convivência com os beneditinos e, principalmente, com os jesuítas, contribuiu para que se tornasse ateu. 

Ao ser entrevistado em outubro de 1994 no programa Roda Viva, da TV Cultura de São Paulo, Francis afirmou que não havia “a menor possibilidade” de ele  voltar a acreditar em Deus. “Tudo o que você tem de científico demonstra que Deus não existe”, afirmou. 

Franz Paul Trannin da Matta Heilborn — o nome de batismo de Paulo Francis — nasceu no Rio no dia 2 de setembro de 1930 e morreu em 4 de fevereiro de 1997 em Nova Iorque. 

Paulo Francis estudou na Faculdade de Filosofia da Universidade do Brasil e literatura na Universidade de Columbia (EUA), mas não se formou em nenhuma. 

Ele foi o mais polêmico jornalista da história recente do Brasil. Nos últimos anos de sua vida, havia leitores que o amavam e os que o odiavam. 

A base de sua formação intelectual era trotskista, mas isso não o impediu que se tornasse um  conservador e feroz crítico das esquerdas brasileiras, principalmente a petista.

No começo dos anos 50, foi ator e diretor teatro. Fez crítica de teatro para o Diário Carioca. Depois, escreveu para a Tribuna de Imprensa e para o semanário satírico Pasquim durante os anos da ditadura militar — foi o período mais esquerdista de Francis. Em novembro de 1970, ele estava entre os colaboradores do Pasquim que ficaram presos na Vila Militar do Rio. 

Escreveu para vários jornais e revistas, notabilizando-se como polêmico na Folha de S.Paulo e depois no Estado de S.Paulo. Também foi correspondente da Rede Globo e um dos integrantes do programa Manhattan Connection, do canal pago GNT. 

Em seus textos, Francis mesclava coloquialidade com referências intelectuais, dando destaque para o humor e afirmações contundentes, que costumavam chocar o senso comum. Ele começou a refinar esse estilo na Tribuna da Imprensa. Dizia que o mais importante no texto era o ritmo.

No referido Roda Viva, ele rebateu a argumentação de um perguntador de que a perfeição do universo seria um indício da existência de Deus. “Não existe perfeição nenhuma. É um caos, é uma confusão dos diabos. Você sabia que 97% das estrelas estão mortas, só 3% que estão vivas? Você está vendo é o reflexo, é a lei da relatividade.” 

No programa, ele afirmou que São Paulo e Santo Agostino, “os maiores cérebros religiosos”, não acreditavam em Deus. “Pascal passou a vida inteira escrevendo sobre isso”. Blaise Pascal (1623-1662) foi um filósofo e teólogo francês. 

“A Igreja Católica fez uma embromação fantástica, usando São Tomás de Aquino e Aristóteles, de modo que passasse a existir um Deus popular”, disse.
ator Lima Duarte


Lima Duarte deu uma entrevista em outubro de 2009 dizendo ser ateu como José Saramago (1922-2010), escritor que estava lançando na época o livro "Caim", mas não birrento como ele. “Não preciso ficar amando Deus pelo avesso como ele fica”, falou à Folha de S.Paulo. 

Não se sabe quando Lima Duarte se deu por descrente — ele não fala sobre o assunto, talvez porque não gosta ou porque ninguém lhe pergunta. 

Em entrevistas antigas, anteriores a 2009, o ator fala como se fosse espírita, religião dos pais dele. 

América Martins, a mãe, foi médium em Ribeirão Preto (SP), em um centro espírita, do qual ela e o marido eram caseiros. Antes, ela tinha trabalhado em circo. O pai se chamava Antônio Martins. O casal era muito pobre. 

Um dos entes que América incorporava era Lima Duarte — o espírito de luz dela. Por sugestão dela, o nome do espírito acabou sendo adotado como nome artístico do filho Ariclenes Venâncio Martins, que nasceu em Nossa Senhora da Purificação do Desemboque e do Sagrado Sacramento, no Triângulo Mineiro, em 29 de março de 1930. 

Aos 15 anos, Antônio mandou o filho cair no mundo, e o Ariclenes acabou indo para São Paulo como carona em um caminhão de manga. Na grande cidade, o rapaz encontrou aconchego na zona da Madame Paulette, com quem morou três anos. Ariclenes queria ser locutor ou artista, e a Paulette o levou para fazer teste na Rádio Tupi. Ele foi reprovado por causa do seu sotaque caipira, mas conseguiu na emissora um trabalho como operador de som e depois como sonoplasta. 

A sua carreira artística começou quando o diretor e roteirista Oduvaldo Viana (1892-1972) o aproveitou para um pequeno papel em uma radionovela. Foi Viana que lhe disse que Ariclenes não era nome que se pudesse usar no meio artístico. 

A carreira de Lima Duarte tomou embalo na TV Tupi, onde ficou 27 anos. Junto com Walter Avancini, ele dirigiu a inovadora novela “Beto Rockfeller” (1968-1969). Depois, ele foi para a TV Globo, onde permanece até hoje. 

Lima Duarte participou de mais de 80 novelas e 40 filmes. Na Globo, interpretou personagens que se tornaram antológicos, como Sinhozinho Malta (em Roque Santeiro) e Sassá Mutema (O Salvador da Pátria). 

Em uma recente entrevista, o ator disse que costuma gravar o que fala, como exercício de voz. Afirmou que já gravou trechos de livros do filósofo alemão ateu Nietzsche. “Ele [o filósofo] é confuso, mas achei interessante.”

Lima Duarte vem dizendo não ser “adepto de nenhuma religião” e que a sua filosofia de vida “é a fraternidade, o amor ao próximo”.



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